Foto: Reprodução
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Criado no período de ditadura, sendo usado como informe do Governo, a Voz do Brasil completou este mês 81 anos no ar, sendo o programa de rádio mais antigo do mundo, ainda em exibição. Coordenador de rádio da Secretaria de Comunicação do Estado da Bahia, Edmundo Filho, lembra do período em que o pai, Edmundo de Carvalho, foi apresentador do programa, e faz uma avaliação do conteúdo exibido.
“É uma escola de rádiojornalismo, você tem uma produção muito profissional que trabalha com temas nacionais, e locais até locais onde eles conseguem ter essa representação”, avalia, citando que houve vários avanços, sendo o programa atualmente disponibilizado em várias plataformas.
De acordo com Edmundo, o programa Voz do Brasil muitas vezes tem até mais audiência do que outros horários das emissoras de rádio. “O Ibope que é o instituto de pesquisa que faz essas análises me muitas emissoras, se acompanha a média de acompanhamento das emissoras, muitas vezes a voz do Brasil tem até mais audiência do que em outros horários, nessas emissoras de rádio”, explicou.
Para Edmundo, o programa ainda cumpre o papel de informar às pessoas, especialmente a aquelas pessoas que só tem acesso ao rádio como forma de obterem informações. “Evidente que no interior do estado em áreas mais distantes que as pessoas tem pouco acesso à informação, a Voz do Brasil ainda é uma referência. As informações veiculadas naquele espaço, verbas para alguns municípios, alguns para os estados, por exemplo, de programas específico dessas regiões do país despertam interesse dessas pessoas que moram no interior do país e não tem acesso a outro veículo de comunicação, se não o rádio, então ainda cumpre esse papel de informação”, acredita, citando que na Bahia, por exemplo, são 417 municípios e as rádios estão concentradas em pouco mais da metade das cidades.
Quanto à obrigatoriedade do programa por todas as emissoras do país, às 19 horas, Edmundo Filho explica. “A obrigatoriedade da Voz do Brasil se faz por conta do Código Brasileiro de Rádiodifusão instituído em 1962, dois anos antes do Golpe Militar de 1964, mas já também resultado de uma experiência do Governo Getúlio Vargas, ainda nos anos 30, e que passa ser obrigatório mais de 30 anos depois”, informou.
Da redação com informações de Emanuely Pilger
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