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Dores de cabeça e crises de enxaqueca são ainda mais comuns no verão. E não por acaso. Segundo o neurologista do HCor, Dr. Mauro Atra, isso ocorre porque, com as altas temperaturas, a nossa exposição aos fatores que desencadeiam problemas desse tipo é muito maior. “Crises de cefaleia (dor de cabeça) e enxaqueca podem comprometer muito mais do que o descanso que almejamos obter durante as festas de fim de ano ou nas férias. Problemas desse tipo podem favorecer a ocorrência de acidentes domésticos ou mesmo de transito, já que desorientam e tiram a capacidade de concentração do indivíduo. Por isso, merecem máxima atenção”, alerta o Dr. Mauro Atra.
O médico explica que, na maioria dos casos, a desidratação é o principal motivo para dores de cabeça nesta estação. Isso porque a falta de líquido no organismo causa, entre outras possíveis intercorrências, um sério desequilíbrio no processo de entrada e saída de sódio e potássio das células. “Essa condição gera um distúrbio no metabolismo, o que predispõe o indivíduo – com ou sem enxaqueca – a sentir dores de cabeça”, afirma. “Por isso é extremamente importante manter o corpo bem hidratado durante todo o verão”, aconselha o neurologista.
Segundo o Dr. Atra, a claridade do sol nesta época do ano também pode ser um problema. “A maior parte dos pacientes com enxaqueca sofre de fotofobia. Isso os torna extremamente sensíveis à luz”, revela. “Portanto, além do cuidado necessário com a desidratação, essa é mais uma razão para evitar exposição solar prolongada”, afirma.
Outros motivos podem ser apontados para que dores de cabeça aconteçam no verão. Entre os mais recorrentes estão: má alimentação, exagero no consumo de álcool, poucas horas de sono, além do desgaste que pode ser provocado por longas viagens dentro de veículos confinados e com pouca ventilação ou mesmo mudanças bruscas de temperatura causadas pelo contato com ar condicionado, após um certo tempo de exposição ao calor, por exemplo. “Por isso também é prudente ingerir alimentos mais leves, maneirar o consumo de bebidas alcoólicas, dormir bem e, quando possível, optar por viagens menos desgastantes, em ambientes mais confortáveis e bem ventilados”, conclui o neurologista do HCor.
FONTE: NOTÍCIAS AO MINUTO
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