Lula Marques/ Agência PT
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Brasília - Os deputados Alessandro Molon (Rede-RJ) e Aliel Machado (Rede-PR), além do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), pretendem entregar hoje à Procuradoria-Geral da República (PGR) um pedido de investigação do presidente Michel Temer. A representação é por conta das liberações de recursos para emendas parlamentares ocorridas nos dias anteriores à votação na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara da autorização para prosseguimento da denúncia contra Temer no Supremo Tribunal Federal (STF).
O documento foi elaborado com base em levantamento da assessoria de Molon sobre as emendas liberadas. “Queremos impedir que Temer continue usando dinheiro público para obstruir a Justiça e permanecer impune com a ajuda do Congresso. Além disso, queremos impedir que serviços essenciais sejam prejudicados por causa dessas manobras ilegais e irresponsáveis do governo", afirmou o deputado.
O Ministério do Planejamento divulgou nota ontem afirmado que “a liberação de recursos para municípios trata-se de procedimento absolutamente normal”.
Segundo a nota, ‘tais recursos serão utilizados obedecendo a critérios como seleção pública e avaliação de risco de crédito, entre outros. Trata-se, portanto, de recursos emprestados e não doados”.
Conforme levantamento do jornal ‘O Estado de S. Paulo’, dos 40 deputados que votaram pela rejeição do parecer que recomendava a abertura de investigação contra o presidente Michel Temer na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, 39 tiveram R$ 266 milhões em emendas liberadas.
Esse valor corresponde ao período entre junho, após a divulgação da delação do empresário Joesley Batista, que foi usada na denúncia contra Temer, e as duas primeiras semanas deste mês, às vésperas da votação. Na edição de ontem, o jornal ‘O Globo’ afirmou que o governo teria ‘usado R$ 15 bilhões para obter vitória’.
Fonte: O DIA
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