Foto: Arquivo N - GloboNews
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O Supremo Tribunal indiano rejeitou nesta quarta-feira (28) reabrir o caso do assassinato há 70 anos de Mahatma Gandhi pelas mãos de um hinduísta, a pedido de uma pessoa que afirmou ter encontrado indícios que contradizem a versão oficial.
"O Supremo Tribunal despreza o pedido de voltar a investigar o assassinato de Gandhi. Bravo!", disse no Twitter o bisneto do líder pacifista, Tushar Gandhi, que reiterou em várias ocasiões que está cansado de teorias "incríveis" sobre o fato.
Uma sala do Supremo formada por dois juízes rejeitou o pedido apresentado em outubro de 2017 por um engenheiro, Pankaj Phadnis, que foi à máxima instância judicial da Índia alegando que havia elementos na morte de Gandhi que não se encaixavam com a versão oficial.
Para o engenheiro, há evidências de uma quarta bala e de outro assassino.
O pedido, que já foi rejeitado pelo Superior Tribunal de Bombaim em junho de 2016, foi hoje de novo rejeitado pelo máximo tribunal índio, ao considerar que a verdade sobre o assassinato de Gandhi "já é perfeitamente conhecida".
O Supremo afirmou, além disso, que o pedido de Phadnis ocorre com um "enorme" atraso com relação ao assassinato de Gandhi em 30 de janeiro de 1948.
"Não estamos, portanto, preparados para aceitar a teoria de uma quarta bala proposta pelo peticionário (...) Consideramos a tentativa do peticionário de reabrir esta controvérsia como um esforço inútil", declarou em sua sentença.
Phadnis afirmou à Agência Efe que não se dará por vencido em sua tentativa de questionar a versão oficial, apesar da sentença contra o Supremo.
"Este é um projeto multidimensional, o aspecto legal é só uma parte. Ainda há, acima dos tribunais, o Tribunal Popular da Índia", sentenciou.
A investigação oficial do assassinato do pai da pátria concluíu que em 30 de janeiro de 1948 o integrista hinduísta Nathuram Godse disparou três vezes contra Gandhi em Nova Délhi.
Godse, assassino confesso, e seu colaborador Narayan Apte, que sempre insistiu em sua inocência, foram executados em 1949.
Fonte: Agencia EFE
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