A Polícia Federal (PF) divulgou na manhã desta sexta-feira o resultado da Operação Macambira, realizada por efetivos e estruturas da Delegacia de Salgueiro, a 518 quilômetros do Recife, no Sertão, e da Secretaria de Defesa Social (SDS). O efetivo utilizado foi de cerca de 70 agentes civis e federais e militares do Corpo de Bombeiros. O objetivo principal é a identificação e erradicação de plantios de maconha no Sertão, como parte das estratégicas adotadas pela Coordenação-Geral de Prevenção e Repressão a Entorpecentes (CGPRE), órgão central da Polícia Federal em Brasília-DF, para reduzir a produção e oferta de maconha na região.
Segundo a PF, os agentes trabalharam com incursões terrestres, aéreas e fluviais, contando com apoio de uma aeronave do Grupo Tático Aéreo (GTA) da SDS, além de botes infláveis do Corpo de Bombeiros. Foi concluída a primeira operação de erradicação e destruição dos plantios de maconha no Sertão de 19 a 28 deste mês, na Operação Macambira I, erradicando 226 mil pés de maconha distribuídos em 68 plantios, além de 105 mil mudas, e da apreensão de 43 quilos de maconha pronta para o consumo.
Os plantios foram localizados pela PF e a apreensão foi realizada em ilhas dos Rio São Francisco, nos municípios de Belém do São Francisco, Cabrobó, Orocó e Santa Maria da Boa Vista, e em áreas de caatinga em Betânia, Carnaubeira da Penha, Floresta, Mirandiba, Parnamirim e Salgueiro. Ainda segundo a corporação, caso os 226 mil pés de maconha fossem colhidos e prensados poderiam resultar em 75 toneladas de maconha.
Não houve prisões. Segundo a PF, a estrutura e o efetivo envolvido em ações como a Operação Macambira chama atenção e envolvidos nos plantios e no tráfico acabam abandonando os locais. O ciclo produtivo da cannabis é acompanhado por policiais federais e novas ações são realizadas quando se aproximando o período da colheita, coibindo a secagem e a distribuição. A avaliação é de que as frequentes operações de erradicação de plantio da maconha no Sertão de Pernambuco não tem dado tempo ao traficante da região para produzir e distribuir a droga, o que tem levado a importação da droga do Paraguai. Esse quadro estaria representado pela estatística do aumento das apreensões de maconha paraguaia realizadas pela PF.
Ainda segundo a PF, operações como a Macambira resultam no desabastecimento dos pontos de venda de droga em Pernambuco e outros estados do Nordeste, contribuindo para reduzir a escalada da violência com casos de assaltos, furtos e homicídios, incluindo os enquadrados como “acertos de contas”. Para a corporação, esse tipo de ocorrência geralmente envolve tráfico de drogas.
Via Diário de Pernambuco
Fonte: Diário de Pernambuco
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