Alexandre Brum / Agencia O Dia |
O clima de insatisfação na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) com o governador Wilson Witzel (PSC) é grande. Em seus primeiros 68 dias no Palácio Guanabara, parlamentares se questionam: quais foram as medidas de impacto até agora tomadas para cortar despesas e aumentar a arrecadação, por exemplo? E mais: neste período, a relação de Witzel com o Legislativo foi de agregar ou de impor o medo?
Nos bastidores, os deputados se queixam do distanciamento do governador e da falta da convivência política. Mas e a perspectiva para o futuro? “Os sinais não são bons”, avalia um deles. “Já viu o Executivo andar sem o Legislativo?”, indagou outra raposa da Assembleia.
Desconfiança
Os deputados desconfiam da mudança na articulação. O papel pertencia a Gutemberg Fonseca, secretário de Governo e de Relações Institucionais. A partir de amanhã, porém, será de Cleiton Rodrigues, chefe de gabinete.
Incertezas
“O Cleiton circula bem no meio político. Mas ele terá autonomia? Falará em nome do governador? Os deputados, por enquanto, não sentiram credibilidade na troca”, admite um parlamentar.
Fogo amigo
Segundo os deputados, o governo Witzel demonstrou apenas uma guerra de vaidades e disputa de poder entre secretários, sem realizações efetivas na gestão.
De olho no eleitor
“Há deputado que nunca conseguiu ser atendido por um secretário. Witzel diz que devemos votar os projetos para o bem do estado. Ok, mas temos demandas, serviços básicos em áreas das nossas bases eleitorais”, reclama um deles.
Veto no Carnaval
A maior humilhação ocorreu ao não serem convidados para camarote do governo do estado na Sapucaí, como revelou a Coluna. “Pegou muito mal”, contou um dos barrados na porta do setor 9.
Delação temida
Regis Fichtner, ex-chefe da Casa Civil de Cabral e preso na Lava Jato, carrega segredos que podem detonar o Ministério Público e as esferas estadual e federal da Justiça. Se ele abrir o bico, dizem, sobrarão vagas para desembargadores e ministros dos tribunais superiores.
O Posto Ipiranga
Regis sempre foi a interlocução de Cabral com o MP e o Judiciário. Muito influente, ele resolvia problemas para o ex-governador desde o tempo que o ex-chefe presidia a Alerj. Qualquer obstáculo, a senha era: “chama o Régis!”.
Será que leva?
Mesmo enrolado até o pescoço com a Lava Jato, Giberto Kassab, presidente nacional do PSD, tenta, digamos, comprar o passe do senador Romário, hoje no Podemos.
Enquanto isso...
O deputado federal Hugo Leal quer tirar das mãos do ex-deputado Indio da Costa o comando do PSD no estado do Rio.
Imprensa que eu gamo
Nesta terça-feira, jornalistas se reunirão, na Associação Brasileira de Imprensa (ABI), para discutir a candidatura de oposição ao presidente entidade, Domingos Meirelles.
Pires na mão
A dívida da ABI é algo na ordem de R$ 12 milhões.
Fonte: O Dia/ Cássio Bruno
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