Foto: Caio Loureiro/TJ-AL |
O Tribunal do Júri da Comarca de Murici condenou Maria José da Silva a 20 anos de prisão por homicídio e ocultação de cadáver do marido paraplégico, José Severo dos Santos. Cabe recurso da decisão. O crime foi em fevereiro 2017.
O julgamento ocorreu na quarta-feira (20). Maria José confessou que matou o companheiro, conhecido como Zé da Cadeira, enquanto ele dormia, porque suspeitava que ele estava se relacionando com outra mulher. Após o crime, ela chegou a fazer um Boletim de Ocorrência comunicando o desaparecimento do marido.
Segundo o Ministério Público, a mulher amordaçou e asfixiou José Severo, impedindo-o de gritar. Consta no processo que Maria enrolou o cadáver em um lençol e o enterrou no quintal da residência, colocando cimento, livros e plantas sobre o local. Em depoimento, ela afirmou que polícia inicialmente não desconfiou, porque o local estava “bonitinho”.
Durante o processo, a ré contou que no dia do homicídio flagrou, no celular do marido, imagens sensuais de uma vizinha e troca e mensagens. Ela confessou o crime, mas disse ter agido em legítima defesa, pois o marido seria violento. Alegou que neste dia, durante a discussão por ciúme, ele chegou a usar uma arma de fogo contra ela. Ele teria apertado o gatilho, porém o disparo não teria ocorrido.
A juíza Emanuela Porangaba definiu a pena em 20 anos, 8 meses e 15 dias de reclusão. Ao fazer o cálculo da penalidade, a juíza levou em conta que “a condenada aplicou golpes por meio de instrumento corto-contudente no rosto e no crânio da vítima que era cadeirante, o que denota a acentuada reprovabilidade da conduta perpetrada pela ré”.
A magistrada anotou ainda na sentença que “o crime foi cometido na calada da noite, o qual dificultou qualquer possibilidade de fuga ou pedido de socorro por parte da vítima”.
Fonte: G1 AL
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