Um homem suspeito de matar a companheira a facadas em Passo Fundo, no Norte do Rio Grande do Sul, na terça-feira (5), morreu logo após o crime em um acidente de trânsito. A morte de Adriane Hacke, de 39 anos, é tratada como feminicídio.
"É a violência ocorrida no âmbito da violência doméstica e familiar, pela condição de ser mulher. Estavam coabitando juntos, e por não aceitar o término do relacionamento, ele veio a cometer esse homicídio muito cruel", afirma o delegado Fábio Idalgo, citando que os dois ficaram juntos por cinco meses.
O crime aconteceu em uma casa no bairro São Luiz Gonzaga. Após a morte da companheira, conforme a polícia, José Altair Barros de Oliveira, 44 anos, entrou em seu carro e saiu dirigindo. Quando estava na BR-285, invadiu a pista contrária e bateu contra uma carreta. Ele morreu no local.
O caminhão era conduzido por Edelton Antônio Comin, que trafegava em direção ao município de Lagoa Vermelha. Ele conta que tentou desviar do veículo, sem sucesso.
"De repente esse veículo atravessou a pista contrária. Eu vinha normalmente, e eu tentei salvar, tirei tudo que deu, mas ele vinha em uma velocidade tão grande que arrancou o eixo dianteiro do caminhão. Fiquei sem volante, e aí o caminhão caiu na ribanceira, não tive o que fazer", conta o caminhoneiro.
Altair não tinha carteira de habilitação. O feminicídio de Adriane será investigado pela Delegacia da Mulher. O próximo passo, segundo o delegado, será o de ouvir depoimentos de testemunhas e aguardar pelos laudos periciais.
Adriane tinha três filhos de um relacionamento anterior, e não havia registrado ocorrências de agressão.
Fonte: G1
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